sábado, 16 de julho de 2011

A Origem do Consumo de Nadadeiras de Tubarão

A Origem do Consumo de Nadadeiras de Tubarão

Durante a Dinastia Sung, entre 960 e 1279, um pequeno grupo da elite chinesa começou a consumir uma espécie de macarrão gelatinoso feito a partir da cartilagem das nadadeiras de tubarão e o prato ficou conhecido como “sopa de barbatana de tubarão”. Seu consumo e comercialização mantiveram-se restritos até a dinastia Ming, no século XV, quando um almirante chinês, chamado Cheng Ho, na volta de uma viagem à África, trouxe centenas de quilos de nadadeiras de tubarão que os africanos descartavam em favor da carne. A sopa de barbatana de tubarão ganhou então popularidade e tornou-se um prato muito oferecido nos banquetes formais da elite dominante durante toda a Dinastia Ming.
Quando o Partido Comunista Chinês assumiu o poder em 1949, com Mao Tsé-Tung, a sopa de barbatana de tubarão, sendo uma iguaria apreciada por elites, tornou-se politicamente incorreta durante toda a Revolução Cultural. A desaprovação de seu consumo fez com que o prato ficasse meio esquecido no tempo. Porém, de forma a poder consumi-la dissociando o aspecto elitista, a sopa de barbatana de tubarão passou a ser apregoada como um prato afrodisíaco e tornou-se mais uma dentre as inúmeras aberrações predatórias e criminosas que vemos ao redor do mundo, especialmente no Oriente, como a crença irracional de que partes de animais possam trazer benefícios à saúde do homem ou curar suas doenças. Ainda assim, seu consumo manteve-se relativamente restrito ao mercado “terapêutico”.


A Explosão do Consumo

Tudo mudou no final da década de 1980, quando Deng Xiaoping instituiu reformas econômicas e mudanças culturais que geraram uma nova classe média e uma nova classe alta na China. E essa nova elite passou a buscar maneiras e símbolos de exibir sua riqueza e seu status. Comprar arte (incluindo as peças produzidas pela filha de Deng) foi um caminho. Consumir e oferecer sopa de barbatana de tubarão foi outro meio. A iguaria foi reabilitada, tornou-se um refinado prato da culinária chinesa e seu consumo deu a essa nova elite o sentimento de fazer parte da nova aristocracia chinesa.
Com a globalização e o forte crescimento econômico chinês, em cerca de 10 anos mais de 300 milhões de chineses prosperaram e ascenderam ao grupo dos ávidos por mostrar seu novo status. Assim, a sopa de barbatana de tubarão passou a ser um prato obrigatório na China em quase todas as grandes recepções e banquetes e nas refeições de negócios importantes. O mercado chinês de barbatanas explodiu e a demanda por nadadeiras de tubarão cresceu dramaticamente.


O Finning

A pesca de tubarão, praticada há milênios, sempre foi uma atividade lícita e as nadadeiras eram apenas mais um dos itens a serem aproveitados e comercializados. Um cação de porte médio fornece cerca de 5% a 8% de nadadeiras, 35% de filé, 13% de fígado (rico em óleos, contendo as Vitaminas A e D), 9% de pele (utilizada na confecção de artigos de couro) e 35% de resíduos (transformados principalmente em farinha de peixe para a ração de cães e gatos).
A partir dos anos 1990, para suprir a forte demanda do lucrativo comércio mundial de barbatanas de tubarão, as nadadeiras passaram a ser o objetivo principal e único desse tipo de pesca. Começou aí o que se denomina Finning, a pesca ilegal para obtenção exclusiva das nadadeiras dos tubarões, uma das mais cruéis e perturbadoras perseguições realizadas pelo ser humano. Mesmo que essas nadadeiras fossem diretamente para o prato de crianças famintas, seria um total despropósito. Mas não é para isso que são ceifadas.
Parte do problema advém de dois fatores que se conjugam com a ganância humana: a carne das espécies cujas nadadeiras são muito valorizadas, como os martelos e azuis, alcançam preços baixos no mercado e as embarcações de pesca têm limites físicos de armazenagem. Como a indústria pesqueira obtém em torno de US$ 50.00 por quilo de nadadeira seca ao sol contra US$ 1.50 por quilo da carne de tubarão, que deve ser processada e refrigerada adequadamente no porão da embarcação, fica fácil entender porque o pescador, ao capturar um tubarão, prefere cortar fora suas nadadeiras e atirar seu corpo de volta ao mar. Muitas vezes vivo, mas mortalmente aleijado, o animal afunda para morrer sangrando, comido por outros peixes ou para apodrecer no leito do mar.
Um bom exemplo vem do biólogo e pescador Sergio Jordão, dono da Fisherman do Brasil, indústria de transformação de peixes e frutos do mar, que trabalhava com a carne do tubarão-azul e há quase um ano parou em função do finning. Segundo ele, que acha uma absurdo “a galha valer mais do que o cação”, um “jogo completo” de nadadeiras (1 dorsal, 2 peitorais, 1 anal e 1 caudal inferior) de um tubarão-azul de 40 kg pesa aproximadamente 3,5 kg, que o pescador vende ao atravessador por R$ 75,00/kg. Ou seja, recebe R$ 265,00 pelas nadadeiras, enquanto o “charuto” (corpo sem cabeça e nadadeiras) poderia lhe render no máximo R$ 90,00 (30 kg x R$ 3,00).
Não se tem um número preciso da quantidade de tubarões-azuis capturados em nossas águas, mas nas costas do Havaí o tubarão-azul desaparece ao ritmo de 50 mil animais por ano, capturados exclusivamente por suas nadadeiras. Nos mercados asiáticos, onde o quilo de barbatana do tubarão-azul pode atingir US$ 120.00, a sopa de barbatana de tubarão é vendida nos restaurantes finos, como em Hong Kong, por até US$ 150.00 o prato.
Envolvidos hoje nesse “grande negócio”, atendendo à demanda crescente por barbatanas, cerca de 120 países, incluindo o Brasil, matam 70 milhões de tubarões por ano em todos os oceanos. Espanha, Portugal, Reino Unido e França estão entre as nações TOP 20 responsáveis por 80% da captura global de tubarões. Somente os barcos espanhóis são responsáveis pelo suprimento de 25% das barbatanas vendidas em Hong Kong. Para se ter uma ideia do tamanho dessa demanda, somando-se aos 300 milhões de chineses das classes média e alta, mais de 500 mil chineses já são considerados milionários. E esse grupo enorme de consumidores de sopa de barbatana de tubarão cresce ao ritmo de 10% ao ano.





Os Impactos do Finning


A pesca para obtenção das barbatanas de tubarão é uma ação predatória progressiva, constante e silenciosa. É insustentável e está ameaçando seriamente a sobrevivência das populações de tubarões __ 43% das espécies de tubarões em nosso litoral já estão ameaçadas de extinção. Se nada for feito, dezenas de espécies, cujas populações declinaram em até 90% nos últimos 20 anos, estarão extintas nas próximas décadas.
Significa dizer que em pouco tempo não haverá mais tubarões “produzindo” nadadeiras. Já está mais do que na hora de reavaliar como estamos usando os escassos recursos marinhos para satisfazer nossas necessidades e desejos. Apesar de grandiosos, os oceanos não suportam mais nossos hábitos tradicionais de consumo. Estamos exaurindo as fontes e levando os mares ao limite da sustentabilidade para diversas populações de animais.
A sociedade e nossos governantes precisam entender que os tubarões têm um valor intangível para a Natureza e para os seres humanos. Eles exercem um papel crucial na manutenção da saúde e do equilíbrio da vida nos mares. Sem esses guardiões dos oceanos, teremos um ambiente doente e frágil e os decorrentes desequilíbrios nos ecossistemas marinhos serão imprevisíveis e catastróficos para a humanidade. Mas o valor dos tubarões vivos vai além da questão puramente ecológica ou emocional.
















Alternativas Econômicas ao Finning

Um recente estudo australiano demonstrou que, ao longo de sua vida, os tubarões do arquipélago de Palau (que tem legislação banindo o shark finning de suas águas) trazem, por ano, US$ 18 milhões para o turismo de mergulho com tubarões e representam ainda US$ 2 milhões para economia da pequena nação. Ou seja, considerando o aspecto puramente financeiro, um tubarão mantido vivo pode valer milhares de vezes mais do que um tubarão morto. Não é mais concebível que os tubarões acabem futilmente em uma tigela de sopa de barbatana. Temos que rever a forma como aproveitamos economicamente esses “recursos” maravilhosos para não cairmos num buraco sem volta.
Ajude acabar com essa Prática Insustentável

!


Como os tubarões comem?

Um tubarão-serra com seu característico focinho em forma de serrote.

Os tubarões desenvolveram uma grande variedade de mecanismos de alimentação como forma de se adaptar a suas dietas variadas. A estrutura um pouco solta das suas mandíbulas permite que eles projetem o maxilar superior para fora. Esta flexibilidade das mandíbulas, junto com uma impressionante seleção de diferentes tipos de dentes, permite uma combinação de técnicas de alimentação, que vão desde despedaçar e cortar a carne, evidenciado pelas espécies mostradas nos filmes, a aspirar a comida dos solos marinhos, que é depois esmigalhada e triturada.

As espécies que se alimentam de plâncton, como o tubarão-frade e o tubarão-baleia, tiveram de evoluir para se adaptar aos seus hábitos alimentícios, alterando por completo o tamanho e o formato das suas mandíbulas, reduzindo significativamente o tamanho dos seus dentes e modificando a estrutura das suas fendas branquiais, para tornarem-se enormes receptáculos para plâncton. Um grupo de tubarões, os tubarões-raposa, até usam a parte superior alongada da sua cauda para atingir cardumes de peixes, atordoando-os antes de comê-los.
Mas talvez a mais impressionante adaptação de hábito alimentar seja a demonstrada pelos tubarões-serra, que desenvolveram um focinho distintamente achatado, em forma de espada e armado de dentes afiados, que o animal usa para atordoar peixes pequenos e outras criaturas.

Cortando as barbatanas

Cortando as barbatanas

“Finning” é uma prática de pesca cruel e destrutiva, na qual o tubarão é capturado e suas barbatanas cortadas. O resto do animal é jogado de volta ao mar, onde acaba morrendo.
A cada ano, o número de tubarões mortos por esta prática chega a 100 milhões,  causando danos terríveis nas suas populações. As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria em algumas partes do mundo, principalmente no leste asiático, onde uma sopa de barbatana de tubarão pode chegar a valer 100 dólares, tornando este tipo de pesca um grande negócio para os pescadores. Com o aumento populacional na Ásia, esta prática vem se tornando cada vez mais comum.
Nos últimos anos, alguns países, como os Estados Unidos, já proibiram o “finning” de tubarões. Mas esta proibição é muito difícil de ser implementada em outros locais, principalmente porque os tubarões migram regularmente entre as fronteiras internacionais. O “finning” é, no entanto, ainda praticado em muitas partes do mundo, entre pontos extremos, como a América do Sul e a Austrália, contribuindo para o declínio das espécies. O tubarão-azul, por exemplo, está em grave perigo de extinção – algumas autoridades estimam que 90% das barbatanas retiradas são desta espécie.

Centenas de nadadeiras de tubarão a secar numa produção de nadadeiras. Esta prática causa imensos prejuízos a população de tubarões, principalmente no leste asiático.

Captura acidental
Milhões de tubarões morrem anualmente por captura acidental em redes de arrastro e de pesca.

A “sobrepesca” e o “finning” são duas das maiores ameaças para a população global de tubarões, mas a captura acidental constitui também um enorme problema. Milhões de tubarões morrem todos os anos ao se enrolarem nas redes armadas para a captura de outros peixes, principalmente aquelas destinadas a apanhar atum e peixe-espada.
O emalhamento em rede de pesca é outro grande problema. Muitos tubarões morrem todos os anos depois de ficar enrolados e presos nas redes de pesca destinadas a apanhar outras espécies. Somente no mar Mediterrâneo, cerca de 100 mil tubarões morrem anualmente através da captura acidental.
Algumas espécies, como o tubarão-frade, são suficientemente resistentes e sobrevivem quando apanhadas por acidente em redes, mesmo se forem obrigadas a passar várias horas fora d’água. Mas a maioria dos tubarões apanhados desta forma não tem a mesma sorte. Estudos realizados demonstram que mais de 75% dos tubarões capturados acidentalmente terminam morrendo antes de serem libertados com vida. Enquanto a captura acidental de outras espécies, como o golfinho, tem diminuído bastante depois da intensa divulgação de campanhas de proteção, a injusta má reputação dos tubarões atrasa os esforços para protegê-los desta prática tão inútil e destrutiva.



Fonte: Discovery Brasil

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Austrália investirá R$ 5 bilhões para desativar as poluidoras usinas de carvão




Para os australianos, cuidar do ambiente é também uma forma de estimular o turismo e a entrada de dólares no país. Isso estimula o país a investir o correspondente a R$ 5 bilhões para desativar as poluidoras usinas de carvão e a estimular a aplicação de energias limpas por meio de uma linha de crédito oficial.
O governo da Austrália criou um novo imposto para os grandes emissores de dióxido de carbono (CO2), um dos maiores responsáveis pelo efeito estufa e, consequentemente, pelo aquecimento global. A taxa destinada aos poluidores só será aplicada a partir de julho de 2012 e será mais uma forma de obrigar as centrais de carvão a reduzir seus ativos.
Pelas novas regras, esses estabelecimentos não terão mais empréstimos liberados. Em contrapartida, receberão  ajuda do governo para fazerem a transição às energias limpas. O setor não reagiu bem e espera uma indenização bilionária.


Fonte: Greenvana

Curso de Salvamento de Animais Marinhos em Derrames de Petróleo no Rio de Janeiro


Já estão abertas as inscrições no site www.seashepherd.org.br
Curso de Salvamento de Animais Marinhos em Derrames de Petróleo no Rio de Janeiro, com o Biólogo Wendell Estol - Diretor Geral do Instituto Sea Shepherd Brasil
Datas: Dias 20 e 21 de agosto de 2011 - Horário: Das 09:00 às 18:00 hs
Local: Clube de Regatas Guanabara - Praia de Botafogo
Investimento: R$ 200,00 ( à vista ou parcelado em 10 x )
Obs.: O curso oferece Certificado e Apostila em CD
Maiores informações: E-mail: contatorj@seashepherd.org.br

Nós não falamos em salvar os oceanos, nós o fazemos ! Junte-se a nós !

quarta-feira, 13 de julho de 2011

III Whale Watch Sea Shepherd RJ em Abrolhos

O III Whale Watch Sea Shepherd RJ em Abrolhos, será nos dias 16 a 19 de setembro de 2011 a bordo do Titan.

Valor do pacote Titan com Mergulho 4 dias 3 pernoites : R$ 1500,00 pp + 81,00 do ingresso do IbamaPacote sem Mergulho 4 dias 3 pernoites : R$ 1000,00 pp + 81,00 do ingresso do IbamaO pagamento pode ser feito em até 3 x no cheque, avista / 30 / 60.Qualquer dúvida entre em contato por aqui pelo Face, ou e-mail: contatorj@seashepherd.org.br
O Titan irá zarpar do cais da cidade de Caravelas as 08:00 h irá pernoitar no arquipélago por 1 / 2 ou 3 noites com todas as refeições servidas na embarcação e inclusas no pacote (café da manha, almoço, lanche e jantar) assim como as roupas de cama e banho. Mediante uma prévia autorização, fazemos uma visita a Ilha da Marinha onde visitamos o farol e tiramos belas fotos dos Atobas passaros muito dóceis que vivem na região.
Chegamos novamente ao cais de Caravelas as 18:00h.Nosso barco é do tipo Trawler com capacidade para 16 pessoas em pernoite,com 74 pés, 07 cabines, infra estrutura de recargas de cilindros, tripulação completa com capitão, mestre, marinheiro, cozinheiro e staff de mergulho com instrutores .



Parques na Amazônia serão reduzidos por medida provisória




Três unidades de conservação da Amazônia, entre elas o parque nacional mais antigo da região, terão sua área reduzida ainda neste ano para dar lugar a duas hidrelétricas. Outras cinco áreas protegidas estão na mira do governo federal.
Uma medida provisória a ser editada ainda neste mês determinará a "desafetação" (redução) do Parque Nacional da Amazônia e das florestas nacionais de Itaituba 1 e 2. As unidades serão alagadas pelos reservatórios das usinas de São Luiz e Jatobá, no rio Tapajós, no Pará.

SEM ESTUDOS
Como a Folha adiantou em junho, as unidades serão reduzidas sem a realização de estudo prévio, após um pedido da Eletronorte.
A decisão foi comunicada no último dia 1º aos chefes das áreas protegidas pela presidência do ICMBio (Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade).
Na mesma reunião, foram instruídos a não conversar com a imprensa sobre isso.
Todos eles se opõem à redução das áreas, como mostram documentos do ICMBio obtidos pela Folha. Segundo eles, a redução subverte o sentido das unidades.
O caso mais dramático é o do parque nacional da Amazônia, criado nos anos 1970. A zona a ser alagada é de alta prioridade para a conservação de peixes e aves, e biólogos temem que a implantação da usina de São Luiz provoque extinções locais. Em caráter emergencial, o ICMBio determinou um levantamento da fauna aquática do local em setembro.
A megausina de São Luiz do Tapajós, a principal do complexo, será a quarta maior do país, com 6.133 megawatts -quase a potência somada de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira. Jatobá terá 2.338 megawatts.
Os parques integram o mosaico de unidades de conservação da BR-163, criado pela União em 2005 para conter o desmatamento e a grilagem de terras na região.
É o maior conjunto de áreas protegidas do país.
A partir do ano que vem, entram em discussão as reduções de outras cinco áreas protegidas e uma terra indígena, para dar lugar a mais três usinas do chamado Complexo Tapajós, o maior projeto hidrelétrico do governo depois de Belo Monte.
Como compensação, o governo estuda criar uma estação ecológica em Maués, no Estado do Amazonas.

Primeiro saco reciclado para lixo chega ao mercado

O saco é produzido a partir de sobras de plásticos, que posteriormente poderão ser reaproveitados em nova reciclagem.

Um saco para lixo produzido 100% com material reciclado. Esse é o novo produto que será lançado neste mês pela empresa Embalixo.
O saco de lixo reciclado, como é chamado, chega às principais redes de supermercados de todo o país (Carrefour, Pão de Açúcar, Extra, Big, Mercadorama, Nacional e Casa Santa Luzia), com preço popular, comparável aos sacos para lixo convencionais.
O produto é feito a partir de sobras de plásticos, conhecidos como pré-consumo, e também de plásticos pós-consumo como sacolas plásticas, sacos de hortifrutis, filme stretch (muito utilizados por indústrias para proteger cargas durante transportes) comprados de cooperativas que fazem a coleta seletiva da população e de empresas.
O lançamento do produto, segundo afirma o diretor da empresa, Rafael Costa, irá ajudar a divulgar e esclarecer a população quanto a importância da reciclagem para a sociedade realizar a separação de materiais para coleta seletiva e sua importância para geração de renda e inclusão social aos catadores.
“Milhares de pessoas vivem no Brasil como catadores de produtos para a reciclagem, porém, a reciclagem de plástico ainda é muito pequena, os consumidores precisam lembrar que é possível reciclar também outros artigos, além das embalagens PETs”, ele comenta.
“Nos surpreendemos com a crescente procura pelo saco para lixo 100% renovável, feito com a resina verde extraída pela Braskem, a partir do etanol da cana-de-açúcar e investimos no aumento da capacidade de produção de nossa fábrica”, revela Costa.
Fonte: www.ciclovivo.com.br

Estudo afirma que uma em cada dez espécies pode ser extinta até 2100

Pesquisa diz que animais e vegetais já sentem efeitos da mudança do clima.Previsões dos efeitos climáticos e relatos de alterações foram utilizados.


Estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, aponta que uma em cada 10 espécies de animais e vegetais poderá ser extinta até 2100 devido aos efeitos da mudança climática.
De acordo com os cientistas, foram examinados efeitos recentes do aquecimento global nesses grupos, comparando ainda com as previsões futuras do fenômeno.
Publicado na revista PNAS, o estudo utilizou a lista vermelha de espécies em risco elaborada pela organização ambiental IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, na tradução do inglês), cruzando essas informações com cerca de 200 previsões de efeitos da mudança do clima citadas em estudos elaborados em todo mundo, assim como 130 relatos de alterações que já ocorreram.
Extinto

Com os dados, foi possível prever, por exemplo, que uma planta endêmica chama cañada, encontrada em Tenerife, nas Ilhas Canárias, tem entre 74% e 83% de probabilidade de desaparecer nos próximos 100 anos, como resultado das secas.
Em Madagascar, uma elevação da temperatura em 2ºC poderá reduzir a quantidade de répteis e anfíbios que vivem nas cadeias de montanhas da ilha. Na Europa, a quantidade de aves encontradas nas florestas boreais sofrerá redução, como a população do Borrelho-ruivo, que tem chance de 97% de desaparecer até 2100.
Ilya Maclean, um dos autores da pesquisa, afirma que as informações servem de alerta para uma ação imediata no combate aos efeitos do aquecimento global.
"Muitas espécies já estão em declínio e podem se tornar extintas se as coisas continuarem como estão. Chegou a hora de pararmos com as incertezas e de encontrarmos desculpas para não agirmos. Nossa pesquisa mostra que os efeitos nocivos das alterações climáticas já estão acontecendo e podem ultrapassar as previsões", disse Maclean.

Fonte: http://g1.globo.com
Fonte: 

Brasil defende ideia de criar reserva de baleias no Oceano Atlântico Sul


Junto com a Argentina, país quer conservar espécies da caça comercial.Debate sobre o tema ocorre em reunião da Comissão Baleeira Internacional


Imagem de baleia-franco-austral dando saltos em reserva especial na Patagônia Argentina. (Foto: Maxi Jones/Reuters)

Criar grandes zonas protegidas onde as baleias possam viver sem medo dos arpões, mesmo que a moratória vigente sobre a caça de cetáceos seja suspensa, é o objetivo de países como Brasil e Argentina, conscientes de seu potencial turístico.
Durante a reunião anual da Comissão Baleeira Internacional (CBI), que ocorre até quinta-feira (14) na ilha de Jersey, Brasil e Argentina colocaram novamente na agenda do dia um projeto de refúgio para o Atlântico Sul, que se somaria a duas grandes reservas já existentes, no Oceano Índico (desde 1979) e no Oceano Austral (1994).
"A finalidade de uma reserva é fortalecer a moratória. Se um dia ela se abrir, serão conservadas grandes porções de oceanos fechadas à caça comercial", explica Vincent Ridoux, membro do comitê científico da CBI, a única instância de gestão dos grandes cetáceos.
No entanto, há poucas probabilidades de que esta proposta seja adotada neste ano, já que "isso faz parte das coisas que os japoneses rejeitam sistematicamente", destacou Ridoux, membro da delegação francesa em Jersey.
O Japão continua capturando todos os anos pequenos rorquais na reserva do Oceano Austral, no âmbito de sua caça chamada científica, diante da ira dos defensores dos cetáceos. "Para nós, o mais importante é enviar um sinal político e conservar o tema na agenda do dia", destacou o responsável da delegação brasileira, Marcus Paranagua.
Uma reserva no Atlântico Sul seria útil para "ao menos sete espécies, entre as quais encontram-se a baleia azul, a baleia jorobada, a baleia franca e o rorqual comum", segundo Javier Rodríguez, um professor de biologia da Costa Rica e fundador da Fundação Promar.
Nova reserva
A criação de uma nova grande reserva no Atlântico Sul, cujo trecho iria do Equador até os limites do Oceano Austral, permitiria sem dúvida proteger de forma mais eficaz as baleias que percorrem milhares de quilômetros.
"A baleia jorobada, por exemplo, passa sua temporada de reprodução nas águas quentes, e depois sua temporada de alimentação nas águas frias, o que significa que o refúgio do Oceano Austral não é suficiente para esta espécie", explicou Willie McKenzie, militante britânico do Greenpeace. "Ao criar uma reserva maior, você protege todo o ciclo vital da baleia", acrescentou.
Além da simples preservação das baleias, o "objetivo dos países sul-americanos, apoiados pela África do Sul", é também "desenvolver uma atividade turística sobre uma população de baleias com boa saúde", lembrou Vincent Ridoux, referindo-se à observação destes cetáceos.
Para muitos países que não são caçadores, as baleias permitem em primeiro lugar atrair os turistas. Segundo um estudo, o primeiro deste tipo, apresentado durante a reunião da CBI em Agadir, em 2010, esta atividade poderia arrecadar potencialmente 3 bilhões de dólares anuais e criar 24 mil empregos no mundo.
Esta perspectiva também explica a razão de, regularmente há cerca de 10 anos, os sul-americanos apoiarem este projeto, que para ser adotado deve obter a aprovação de três quartos dos 89 membros da CBI.
Não há dúvida de que voltará a se falar da reserva do Atlântico Sul no próximo ano, durante a próxima sessão da CBI, que será realizada no Panamá.

Da France Presse

terça-feira, 12 de julho de 2011

Reunião internacional sobre caça a baleias reacende debate sobre ações de Japão, Noruega e Islândia




Todos os anos, as imagens impactantes dão a volta ao mundo. Caçadores de baleias cravam os arpões nos mamíferos e eles sangram até a morte. A agonia dura uma hora. Defensores dos animais fazem, há décadas, campanha contra o negócio da carne das baleias. Para o Greenpeace, trata-se simplesmente de uma barbárie. A caça de baleias foi proibida em 1986 por uma moratória, mas três membros da Comissão Baleeira Internacional (CBI), Japão, Noruega e Islândia, se opõem e ignoram a proibição. Desde a última segunda-feira, a CBI realiza sua reunião anual na ilha britânica de Jersey. É praticamente certo que as negociações serão duras, mostra reportagem publicada no "El Mundo".
Quase ninguém consegue entender porque os três países continuam a insistir na custosa e pouco produtiva caça de cetáceos, apesar da forte oposição internacional. O consumo de carne de baleia está em baixa em todo o mundo. As tentativas de Noruega e Islândia de convencer os turistas a consumirem a carne do animal quase não tiveram sucesso. A concentração de substâncias tóxicas, entre elas o mercúrio, é alta. Também no Japão, onde anualmente são capturadas cerca de 800 baleias, no máximo 10% da população come a carne desses gigantes do mar, segundo as estimativas.
Há anos, a Noruega deixou de capturar a quantidade de baleias que tem autorizado. Em 2010, segundo os dados da organização defensora dos animais Pro Wildlife, a cota de captura permitida foi de 1.286 animais, mas apenas um terço dessa cifra foi caçada.
Algo similar ocorre na Islândia, onde anualmente se libera a captura de 150 baleias-comuns e cem baleias-anãs. O óleo de baleia, que no passado era comercializado como substituto do petróleo, praticamente não tem valor algum atualmente.
Ralf Sonntag, diretor na Alemanha do Fundo Internacional para a Proteção de Animais e seu Habitat (IFAW), sustenta que os países baleeiros baseiam suas decisões de continuar caçando em certos princípios. As três nações possuem uma importante tradição de navegação marinha. A Noruega argumenta sobretudo que as baleias dizimam determinadas populações de peixes. O Japão vende a sua caça de baleias como "ciência" mas, segundo o Greenpeace, alimenta os estudantes ou vende nos mercados.
A Islândia, que só em 2006 retomou a caça comercial de baleias, poderia ser o primeiro país a abandonar a captura de cetáceos. A nação, que passa por dificuldades econômicas, quer ingressar na União Europeia e a caça de baleias é um dos maiores obstáculos.
Sonntag navega com o barco de pesquisa "Song of the Whale", tendo partido de Londres em direção a Jersey, para acompanhar a reunião da CBI. O projeto é considerado em todo o mundo um dos laboratórios flutuantes líderes em pesquisas de baleias.
- Demonstramos que o estudo de baleias é possível também sem matar os animais - explicou Oliver Boisseau, responsável pelo trabalho científico a bordo. Os especialistas podem gravar os sons dos cetáceos usando microfones e realizar estimativas sobre o número d espécie dos animais.
Em Jersey, o tema tem um tratamento mais político. Acredita-se que o ponto central da reunião será a discussão sobre um documento que o Reino Unido pretende apresentar na mesa de negociações para estabelecer novas regras para os pagamentos das contribuições da CBI de parte dos países membros.
Os ambientalistas acusam abertamente a todos os países baleeiros, principalmente o Japão, de corrupção.
Ambientalistas acusam abertamente as três nações baleeiras, principalmente o Japão, de corrupção.
- Na última reunião, membros da delegação japonesa esperavam do lado de fora da porta com envelopes na mão - disse Sonntag. - Estes envelopes foram entregues aos embaixadores de países pequenos membros da CBI.
Os britânicos querem que o pagamento da contribuição necessária para ter direito a voto seja por transferência bancária. Atualmente, alguns pequenos países fazem o pagamento em dinheiro.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/07/12/reuniao-internacional-sobre-caca-baleias-reacende-debate-sobre-acoes-de-japao-noruega-islandia-924883386.asp#ixzz1RvoGRt23 
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Baleia jubarte é encontrada morta após encalhar em Porto Seguro



Animal tem cerca de 11 metros e foi encontrado na manhã desta terça (12).

Órgãos ambientais vão atuar na retirada do animal.




Uma baleia da espécie jubarte foi encontrada morta, na manhã desta terça-feira (12), sobre um recife em uma praia de Porto Seguro, na região sul da Bahia. Segundo o órgão ambiental PAT Ecosmar, que atua na região, o animal deve ter encalhado durante a madrugada
O recife fica a cerca de 300 metros da praia, em frente à Passarela do Álcool. Uma equipe do órgão usou uma pequena embarcação para chegar até o local e constatar a morte do animal, que mede cerca de 11 metros.
“Não é uma jubarte das maiores. Temos que esperar a maré voltar a subir para tentar fazer o resgaste junto com o Instituto Baleia Jubarte (IBJ), que já enviou equipe para nos ajudar. Há possibilidade que com a cheia da maré, o animal encalhe na praia ou seja levado para o mar”, informa Paolo Botticelli, coordenador da PAT Ecosmar.

Fiscais da Secretaria do Meio Ambiente de Porto Seguro estão no local para auxiliar no trabalho de resgate. O Instituto Baleia Jubarte explica que o animal será deslocado para uma praia deserta para que seja possível realizar os procedimentos necessários para o enterro.De acordo com o IBJ, o litoral da Bahia e do Espírito Santo concentra o maior número de encalhes do país. A temporada de 2010 registrou 35 casos em território baiano e 31 na costa capixaba. O Instituto informa ainda que 80% das baleias chegam à costa brasileira já mortas e que por isso é importante que a população evite contato com o animal.A recomendação é que a população informe a localização de baleias, leões marinhos ou golfinhos através dos telefones (71) 8154-2131 ou (73) 8802-1874, que estão disponíveis durante 24h.