segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Clean Up The World 2011 - Núcleo RJ do Instituto Sea Shepherd Brasil.

Dia Internacional de Limpeza das Praias.
O núcleo RJ da Sea Shepherd esteve na praia da Barra da Tijuca, fazendo o trabalho de educação e conscientização.
As crianças são o melhor caminho para a nossa meta.


Elas fazem uma festa, na coleta de lixo na areia da praia. 
Depois levam o ensinamento para casa, para a escola e cobram dos pais um comportamento correto.


No chamado para a participação da Limpeza de Praia, vemos adultos com vergonha de participar. 
Adultos que acham comum sujar e abusar do planeta, achando que a natureza nunca dará o troco para ações de desrespeito.
Não desistimos, estamos sempre por lá.

Nós não falamos em salvar os oceanos, nós o fazemos!!





O verdadeiro pulmão do planeta são os oceanos


De onde vem a maior parte do oxigênio que respiramos, das árvores ou das algas marinhas?
Das algas. “Se somarmos o oxigênio produzido pela fotossíntese de toda a população de algas de todos os oceanos, teremos mais gás do que aquele produzido pelas florestas”, garante a oceanógrafa Elizabete de Santis Braga, da Universidade de São Paulo. O oxigênio produzido pelas algas passa para o ar porque, quando há gás demais na água, ele extravasa para a atmosfera. Portanto o grande pulmão do mundo são os oceanos e não a Amazônia.
Não dá para comparar o oxigênio produzido por 1 metro quadrado de qualquer floresta com 1 metro quadrado genérico de algas. Boa parte das plantas é microscópica e tudo depende do grau de transparência das águas, que determina o quanto de luz penetra. É possível, entretanto, fazer comparações específicas, como 1 metro quadrado de floresta tropical úmida e 1 metro quadrado de algas Caulerpa taxifolia, abundantes no Mar Mediterrâneo.

Ao contrário do que se pensa, não são as florestas, mas sim os oceanos que absorvem a maior parte do carbono da atmosfera. "Quanto mais fria a água, mais eficiente é o processo de sequestro de carbono", explica Gilvan Sampaio, do Inpe. "Se os oceanos aquecem, diminui sua eficiência de fixação de carbono. Os oceanos é que são os pulmões do mundo."
Para Ilana Wainer, professora associada do Instituto Oceanográfico da USP, a consequência a longo prazo é óbvia. "Em um momento de saturação, os oceanos vão deixar de armazenar para exportar esse CO2."
Mas esse não é o único aspecto da interação das águas do mar com o CO2 da atmosfera. Os oceanos vêm sofrendo um processo acelerado de acidificação. "O CO2, quando interage com a água do mar, diminui seu pH, tornando-a mais ácida e corrosiva. Isso impacta todos os seres vivos que têm carbonato de cálcio em sua composição, como corais, conchas e moluscos", explica Ilana.
Ela afirma que a medida do fluxo entre o oceano e a atmosfera ainda é difícil. "Há poucos locais de medição dessa interação e não temos séries temporais para monitorar a evolução do processo", diz ela.
Emiliano Calderón, biólogo e professor do Museu Nacional, explica que acidificação e aumento de temperatura agem de forma complementar.
"Os organismos marinhos têm muito de sua biologia regida pela temperatura, que determina o local de ocorrência, o modo de reprodução e a velocidade de crescimento", diz ele, citando o exemplo dos corais.
"Eles têm uma relação simbiótica com uma alga unicelular chamada zooxantela. Ela faz a fotossíntese e produz os nutrientes e o coral lhe dá um local para viver. Para que essa relação seja harmônica, é preciso manter as temperaturas. Além disso, os corais se desenvolvem secretando carbonato de cálcio. Águas ácidas corroem essas estruturas e dificultam a secreção, diminuindo sua taxa de crescimento", afirma ele. Em última instância, isso afeta a pesca, pois os recifes de coral são ilhas de biodiversidade em um oceano, no mais das vezes, pobre. "Boa parte da pesca acontece próxima a recifes", diz.

Depósito em risco.
Os oceanos funcionam como um depósito do carbono que sequestram da atmosfera. Mas o aumento da temperatura e a acidificação vêm modificando sua capacidade de sequestro e fixação. 

O gás que vem do líquido

As algas são capazes de produzir mais oxigênio que as árvores.
Enquanto 1 quilômetro quadrado de floresta equatorial produziria isto de oxigênio...

...O mesmo espaço de algas verdes fabricaria dez vezes mais.

Águas-vivas estão substituindo peixes no mar



Elas são lerdas, gelatinosas, desengonçadas e usam um sistema de caça considerado primitivo.
Ainda assim, as águas-vivas estão conseguindo substituir sardinhas, anchovas e outros peixes no domínio dos mares.

A mudança acontece principalmente nas regiões onde a pesca predatória dizimou as espécies dominantes.

Muitos cientistas apostavam que a supremacia desses gigantes gelatinosos seria apenas temporária.
Afinal, criaturas lentas, normalmente cegas e com uma estratégia de caça que exige contato direto com a presa não conseguiriam competir com peixes rápidos e de boa visão, certo?

Um grupo de pesquisadores acaba de mostrar que não é bem assim. Surpreendentemente, os invertebrados são excelentes predadores.

Em uma compilação de vários trabalhos, os cientistas -liderados por José Luiz Acuña, da Universidade de Oviedo, na Espanha- compararam dados como velocidade, padrão de deslocamento e potencial de caça das águas-vivas e de certos peixes comedores de plâncton (organismos minúsculos, como algas e larvas de animais, que boiam no mar).

Eles perceberam que, descontando as diferenças da composição química entre os bichos, águas-vivas e peixes como sardinhas têm taxas de crescimento e reprodução que são muito semelhantes.

“A habilidade competitiva de um predador depende não apenas da captura de presas e das taxas de ingestão mas também de quão eficiente a energia obtida se traduz no crescimento do corpo e aumento da população”, diz o estudo publicado na revista especializada “Science”.

Embora o corpão da água-viva desfavoreça seu deslocamento, ele aumenta as chances de contato com as presas, garantindo mais comida.

A estratégia de flutuar, em vez de perseguir vigorosamente a caça, também não é má ideia. Desse jeito, elas economizam muita energia. E vão, lentamente, transformando os oceanos.

Fonte: Folha