sábado, 6 de agosto de 2011

Pirarucu 'de estimação' pesa quase 300 quilos em Mato Grosso


Para carregar peixe gigante foram necessários sete homens. Criação do peixe na bacia do Alto Paraguai está proibida desde 2008.


Há mais de uma década, Anselmo Peron cria pirarucus em cativeiro no município de Nortelândia, a 254km de Cuiabá. No meio de milhares de animais da espécie, um deles chama atenção. O primeiro peixe da criação de Anselmo começou a ser cultivado com 5 cm, possui hoje aproximadamente 2,5m e quase 300 quilos, segundo o piscicultor. O pirarucu se difere dos demais animais da espécie, que têm em média 2 metros e costumam chegar a até 250 quilos.
Para retirar o peixe gigantesco da represa e levá-lo até outro lago foram necessários sete homens. Eles utilizaram uma rede para tentar diminuir o espaço livre para o peixe nadar, mas ainda assim a tarefa não foi muito fácil. "É um peixe de estimação que tenho. Não vendo, não dou, não empresto. É um peixe para a população ver e admirar", disse Peron.
O pirarucu é o maior peixe de escama de água doce do mundo e exclusivo da Bacia Amazônica. Apesar de ser uma espécie resistente, os ninhos formados durante a seca ficam expostos e tornam o peixe bastante vulnerável à ação dos pescadores.
Desde 2008, uma lei estadual proíbe o cultivo de pirarucu na região da bacia do Alto Paraguai. Mas Anselmo tem autorização, que foi tirada antes da determinação, e por isso pode manter seu cultivo no estado.

O diretor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Alvino de Oliveira Filho, explica que a proibição se deve ao plano de controle da Bacia do Alto Paraguai, que proíbe a criação de peixes naturais de outras bacias hidrográficas na região, os chamados peixes alóctones. “O pirarucu é da Bacia Amazônica e portanto se enquadra como espécie alóctone à Bacia Hidrográfica do Alto Paraguai”.
De acordo com a bióloga especialista em aquicultura, Divina Sueide de Godei, o cultivo do pirarucu fora do seu habitat natural não é tão simples. “Deve-se ter todo um tratamento, toda quantidade de ração adequada, com a quantidade de proteínas necessárias para a desova. A água tem que estar no pH ideal, temperatura ideal. Tudo isso é fator determinante na reprodução do peixe”.
Fonte: g1

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Cientistas mapeiam regiões críticas para mamíferos aquáticos


Golfinhos, baleias e outras espécies de mamíferos aquáticos acabam de ganhar um mapa que pode ajudar a preservar este que é um dos grupos mais ameaçados pelas ações do homem.
Pesquisadores dos EUA e do México fizeram um extenso levantamento com os hábitos, dinâmicas e outras informações de 129 espécies de mamíferos aquáticos e selecionaram 20 locais-chave para sua conservação.
Embora esses animais estejam espalhados por mares, rios e lagoas de todo o mundo, os pesquisadores, liderados por Sandra Pompa, da Universidade Nacional Autônoma do México, listaram 11 pontos classificados como "insubstituíveis".
Essas regiões foram selecionadas por sua importância para a preservação de espécies que não podem ser encontradas em outros lugares.
A foz do rio Amazonas, no Brasil, habitat de espécies como o boto-cinza, é um deles. "Esses locais podem servir para a adoção de estratégias para a proteção desses animais", diz o trabalho, publicado na revista "PNAS".
Os cientistas identificaram que o risco é mais elevado em áreas de maior latitude. A vulnerabilidade se intensifica nas ilhas Aleutas, um prolongamento da península do Alasca, e na península Kamchatka, na Sibéria.
Essas regiões já tiveram caça intensiva de focas e baleias.Além da pesca, esses animais são extremamente sensíveis às mudanças em seus ambientes.
Vítimas do aquecimento global, da poluição e até de obras de infraestrutura, 24% das espécies consideras na pesquisa estão ameaçadas de extinção.
O exemplo mais recente é o golfinho baiji (Lipotes vexillifer), da China, declarado extinto em 2008. Além de ter partes de seu corpo usadas na medicina chinesa, a construção de uma hidrelétrica acabou com seu habitat.
O óleo de baleia também é usado na medicina chinesa. A carne do animal é considerada uma 
iguaria em países como o Japão.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um cardume de 420 tubarões-baleia avistado na península de Yucatán no sudeste do México


Um cardume de 420 tubarões-baleia avistado na península de Yucatán, no sudeste do México, em 2009, é a maior concentração da espécie já registrada, de acordo com um estudo.
Os tubarões-baleia são os maiores e mais pesados peixes do mundo – podem chegar a 12 metros de comprimento – e geralmente viajam sozinhos em busca de plânctons e pequenas presas, com as quais se alimentam.


No entanto, um número impressionante destes animais foi visto na costa leste de Yucatán, alimentando-se de ovos recém-colocados do peixe Bonito Pintado, abundante na região.
"Ver um grupo tão grande em um só lugar foi fenomenal – chegamos ao ponto em que não era possível navegar o barco pela água sem se preocupar com os peixes. Foi impressionante", disse Mike Maslanka, chefe do Departamento de Ciências da Nutrição do Instituto de Conservação Biológica Smithsonian, nos Estados Unidos, e co-autor do estudo.
Os tubarões foram capturados em imagens aéreas e se espalhavam, em elipse, por uma área de 18 quilômetros quadrados.
Mergulhadores também fotografaram os animais de perto, enquanto eles se alimentavam.
"Você não percebe quão grandes eles são até nadar ao lado deles", disse Maslanka.
Segundo o estudo, a reunião pode mostrar uma mudança nos hábitos dos animais, que costumam aparecer em menor número ao norte da península, onde a água tem mais plâncton.
A pesquisa, divulgada na publicação científica PLoS One, reuniu organizações conservacionistas do México e dos Estados Unidos.
A União Internacional pela Conservação da Natureza classificou o tubarão-baleia como espécie "vulnerável", em 2010.



Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br



Viola, também conhecido como raia-viola ou cação-viola.


Imagino que a imensa maioria não tenha ciência de que o filé de Viola que de forma comum se come em restaurantes (ao molho de camarão ou à doré, pratos mais consumidos) ou é comprado em feiras públicas e supermercados, é uma espécie em extinção.

Viola, também conhecido como raia-viola ou cação-viola, (Rhinobatus horkelli, espécie mais capturada), enquadra-se no grupo dos elasmobrânquios (tubarões e raias) que são peixes cartilagionosos ameaçados de extinção.

Ela está presente da costa do Rio de Janeiro até o Mar Del Plata, no Uruguai, onde é capturada pela pesca de arrasto de camarão e de parelha industrial e artesanal. Como agravante as fêmeas grávidas são pescadas em águas com mais de 20 m de profundidade, no local onde se concentram durante o verão para dar a luz a seus filhotes, que ali formam espécies de berçários. Assim fica proibida a comercialização dessas cinco espécies em todo o território nacional (Instrução Normativa- IN do Ministério do Meio Ambiente-MMA, No 5/2004 - IBAMA).

A conduta para quem comercializa esta espécie está tipificada no inciso III e no caput do art. 34 da Lei de Crimes Ambientais (9.605/98) -\"Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente: III -transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas\".
Muitas das vezes, os restaurantes e peixarias vendem a espécie cação-anjo como sendo filé de viola ao consumidor e estão incorrendo no mesmo crime, pois o cação-anjo também é considerada uma espécie em extinção, segundo a mesma instrução normativa nº.05/2004 do IBAMA.

Desta forma, gostaria de solicitar aos amigos em nome da preservação da espécie e do meio ambiente, que esta carne não fosse mais consumida ou comprada e que divulgassem esta informação aos demais amigos.

Att, 
Luiz Albuquerque
Sea Shepherd - Núcleo RJ