sábado, 28 de agosto de 2010

Ibama apreende 1,4 t de barbatanas de tubarão irregulares no Pará.

1,4 tonelada de barbatana de tubarão é apreendida em Belém

Produto seria exportado para Hong Kong e usado na indústria alimentícia.
Empresa foi multada por não comprovar a destinação das carcaças.







O Ibama no Pará apreendeu 1,4 tonelada de barbatanas de tubarão obtidas, segundo o órgão, por meio da pesca predatória.

A apreensão ocorreu na quinta-feira (26) em uma empresa exportadora de Belém. A carne, avaliada em R$ 80 mil, iria para Hong Kong (China), onde a barbatana tem a fama de, quando ingerida, provocar efeitos afrodisíacos. A empresa também foi multada em R$ 128 mil.

Segundo os fiscais, ela não conseguiu comprovar que, originalmente, o resto da carne dos tubarões dos quais as barbatanas foram cortadas também foi comercializado.

Isso caracteriza uma prática chamada de "finning", na qual apenas as barbatanas (de maior valor comercial) são cortadas, e o animal é jogado de volta na água.

Alguns conseguem sobreviver, ainda que temporariamente.

A exploração predatória de tubarões por parte de outra empresa de Belém levou uma ONG a entrar com uma ação pedindo indenização de R$ 1,3 bilhão pelos supostos danos ambientais.

Essa outra empresa comercializou ilegalmente 24 toneladas de barbatanas, referentes a aproximadamente 280 mil tubarões, segundo estimativa da ONG.

Seguindo essa proporção, para obter a 1,4 tonelada apreendida foi preciso matar mais de 16 mil tubarões.
 
 
Fonte: Folha.com - JOÃO CARLOS MAGALHÃES
Foto: G1 

Água: Se não cuidar, pode acabar.

Água: Se não cuidar, pode acabar.


Ao contrário do que parece, a água é um recurso natural esgotável.
Estudos sobre o sistema hídrico mundial são unânimes em indicar que, se a média de consumo global não diminuir no curto prazo, teremos problemas de escassez.
O Brasil, que tem uma parcela significativa de água doce, também está ameaçado.
 
Você acorda de manhã, acende a luz, toma um banho quente e prepara o café. Após se alimentar, limpa a boca com um guardanapo e lava a louça. Vai ao banheiro, escova os dentes e está pronto para dirigir até a escola para mais um dia de trabalho. Se parar para pensar, vai ver que, para realizar todas essas atividades, foi preciso usar água. A energia vinda das quedas d’água (via hidrelétricas) é que faz lâmpadas acenderem, chuveiros aquecerem e geladeiras refrigerarem. E para produzir o guardanapo que você passou pela boca é necessária muita água. Sem esquecer que o combustível de seu carro também contém a substância.

Usando uma expressão que tem a ver com o tema, seria "chover no molhado" dizer que a água é essencial para a nossa vida.

Sem ela em quantidade e qualidade adequadas, não é apenas o desenvolvimento econômico-social e a nossa rotina que ficam comprometidos, mas também a nossa própria sobrevivência. Só existimos porque há água na Terra. Por isso, a disponibilidade desse recurso é uma das principais questões socioambientais do mundo atual. De acordo com o relatório trienal divulgado em 2009 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2025, cerca de 3 bilhões de pessoas - mais da metade da população mundial - sofrerão com a escassez de água. "Se a média de consumo global não diminuir, o cotidiano da população pode ser afetado drasticamente, inclusive no Brasil", diz José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia de São Carlos e autor de livros sobre o tema

Para ficar por dentro do assunto, o primeiro passo é compreender que, diferentemente do que ocorre com as florestas, a água é um recurso que tem quantidade fixa. Em teoria, dá para reflorestar toda a área desmatada da Amazônia, pois as árvores se reproduzem. Mas não é possível "fabricar" mais água. Segundo O Atlas da Água, dos especialistas norte-americanos Robin Clarke e Jannet King, a Terra dispõe de aproximadamente 1,39 bilhão de quilômetros cúbicos de água, e essa quantidade não vai mudar. Desse total, 97,2% dela está nos mares, é salgada e não pode ser aproveitada para consumo humano. Restam 2,8% de água doce, dos quais mais de dois terços ficam em geleiras, o que inviabiliza seu uso. No fim das contas, menos de 0,4% da água existente na Terra está disponível para atender às nossas necessidades. E a demanda não para de crescer.

A ESCASSEZ HÍDRICA NA ÁFRICA É UM PROBLEMA ECONÔMICO

Robin Clarke e Jannet King fazem um alerta: "Não se engane: o abastecimento de água no mundo está em crise, e as coisas vêm piorando". A crise a que eles se referem pode ser de três tipos. Há escassez física quando os recursos hídricos não conseguem atender à demanda da população, o que ocorre em regiões áridas, como Kuwait, Emirados Arábes e Israel, ou em ilhas como as Bahamas. E existe a escassez econômica que assola, por exemplo, o Nordeste brasileiro e o continente africano. Há ainda regiões ou países que vivem sob o risco de crises de abastecimento e de qualidade das águas pelo uso exagerado do recurso. Austrália, Espanha, Inglaterra, Estados Unidos e Japão sofrem com isso. "A recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU) é que o consumo médio seja de 50 litros diários por habitante. Há países em que esse índice não passa de 5 litros. Já nas regiões mais desenvolvidas, uma pessoa usa em média 400 litros por dia", diz Tundisi. A crise pode ser explicada por vários motivos: desmatamento, ocupação de bacias hidrográficas, poluição de rios, represas e lagos, crescimento populacional, urbanização acelerada e o uso intensivo das águas superficiais e subterrâneas na agricultura e na indústria (veja o infográfico na página 32)."Especialmente nos últimos 100 anos, o impacto da exploração humana dos recursos hídricos aumentou muito e trouxe consequências desastrosas", comenta Tundisi. De fato, segundo a Unesco, de 1900 a 2025, o total anual de consumo de água no mundo terá aumentado quase dez vezes.

Produziu, gastou: Para saciar o padrão de vida dos homens, o consumo mundial de água vai além do que ingerimos, usamos no banheiro ou nas torneiras de casa.
 
A produção de bens e alimentos bebe quantidades incríveis do precioso líquido. Conheça aqui alguns exemplos

O BRASIL TEM UM BOM VOLUME DE ÁGUA, MAS USA MAL O RECURSO

O Brasil detém entre 12 e 16% da água doce da superfície terrestre. O país possui bons índices de chuva, o Amazonas é o rio de maior volume e nosso território ainda abriga o aquífero Guarani, o maior do mundo. Um aquífero é um reservatório subterrâneo, aonde a água das chuvas chega por infiltrações no solo arenoso. O Guarani se estende por 1,2 milhão de quilômetros quadrados e abrange oito estados brasileiros, além de áreas da Argentina, do Paraguai e do Uruguai. Essa água toda pode ser aproveitada com a construção de poços artesianos, o que já ocorre em vários locais. Se há recursos, por que os especialistas alertam que a situação é preocupante? "Essa abundância deve ser vista com reserva, pois a distribuição é irregular", diz Pedro Jacobi, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e Coordenador do Projeto Alfa, da Comunidade Europeia sobre Governança da Água na América Latina e Europa.

"No Brasil, há muito desperdício, a distribuição não combina com as necessidades da população e a poluição é um grande problema", resume Tundisi. "A bacia do Tietê, por exemplo, está interligada com a bacia do Prata e a poluição do rio Tietê já chegou até lá. O país tem de se preparar para uma mudança na maneira com que lida com a água. Em vez de despoluir, é necessário pensar em não poluir. Isso é mais viável até economicamente, pois o rio saudável rende dividendos, além de a despoluição custar caro", diz Tundisi. A poluição das águas nacionais ainda é agravada pela falta de saneamento básico, que faz com que mais de 20% dos lares brasileiros lancem seu esgoto em córregos, rios e represas. Além disso, o desperdício não ocorre apenas pelo consumo da população. Calcula-se que mais de 30% da água encanada no Brasil seja perdida em vazamentos.

AS SOLUÇÕES SÃO CONHECIDAS, MAS NÃO REPRESENTAM UM CONSENSO

No livro Colapso: Como as Sociedades Escolhem o Fracasso ou o Sucesso, o norte-americano Jared Diamond examina por que algumas civilizações deram certo e outras sucumbiram ao longo da história. Para ele, o uso da água e o superaquecimento global são questões que, caso não sejam solucionadas, podem destruir a nossa civilização. Com o foco nessa questão, a ONU criou a Década da Água (que vai de 2005 a 2015). Nesse período, deve haver uma concentração de esforços em reverter o quadro de deterioração do recurso no planeta. O fato é que já se diagnosticaram as causas do problema e as soluções são conhecidas, mas não há um consenso sobre como implementá-las.

Pedro Jacobi lista medidas que poderiam ser tomadas, como a fiscalização da exploração dos aquíferos, leis severas contra a poluição, reciclagem e aproveitamento de águas da chuva e controle do recurso usado na agricultura. Além disso, ele prega uma gestão de recursos hídricos participativa, integrada e descentralizada: "Temos de encontrar tempo para refletir e participar do debate sobre o fato de que até hoje a humanidade tem sido predatória e não pode mais ser assim, pois os recursos são finitos".

Fonte: Planeta Sustentável
Luís Souza

Revista Nova Escola /Especial Meio ambiente

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Tubarão Baleia de 6 m morreu sufocado ao ficar preso em rede de pesca, na China


Tubarão-baleia ficou preso em rede de pescadores e morreu sufocado



Foto: Reuters

Um tubarão-baleia morreu após ficar preso em uma rede de pesca em Taizhou, província de Zhejiang, na China, nesta quinta-feira. O animal de 6 m de comprimento e 3 toneladas sufocou após ser pego "acidentalmente" pelos pescadores, de acordo com o China Daily. As informações são da agência Reuters.


Segundo a organização WWF, o tubarão-baleia é um animal gentil e que corre risco de extinção por causa da pesca comercial. Ele vive em águas temperadas e tropicais ao redor do planeta, com exceção do mar Mediterrâneo.


Ainda de acordo com a organização, esse animal vive entre 100 e 150 anos e se alimenta filtrando a água, expelindo o líquido pelas guelras e comendo o plâncton. Além disso, o tubarão-baleia come pequenos animais marinhos, como lulas.
 
Fonte: Redação Terra

IRREGULARIDADES AMBIENTAIS? Saiba como denunciar.

IRREGULARIDADES AMBIENTAIS?
Saiba como denunciar




As irregularidades podem ser denunciadas diretamente ao Ibama, por meio da Linha Verde.
A ligação é gratuita: 0800 61 8080.
Também é possível enviar denúncias por e-mail para linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Veja onde denunciar em todos os estados pelo link na folha de SP. Clique Aqui.

No Rio de Janeiro:


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Morre a baleia jubarte que estava encalhada no RS

Morre a baleia jubarte que estava encalhada no RS


ELIDA OLIVEIRA
DE SÃO PAULO
26/08/2010 - 20h19

Morreu no fim da tarde desta quinta-feira a baleia jubarte que estava encalhada desde o fim de semana na praia de Capão Novo (135 km de Porto Alegre).

A equipe de resgate estava em meio à segunda tentativa de desencalhar o animal. Por volta das 17h, os mergulhadores que tentavam prender a cinta na baleia para rebocá-la com um barco até alto-mar, perceberam que ela estava sem respirar.
Como as baleias são capazes de ficar até 15 minutos sem respiração, porque nadam em grandes profundidades, o veterinário Milton Marcondes, do Instituto Baleia Jubarte, foi verificar outros sinais e percebeu que ela não tinha reflexos nos olhos.
A carcaça da baleia deve permanecer no mar até amanhã (27), quando será retirada para a necrópsia.
DESENCALHE
A primeira tentativa de desencalhe da baleia foi bem sucedida. Na terça-feira, a equipe composta por profissionais de mais de 12 instituições conseguiu prender uma cinta no animal e rebocá-lo até águas mais profundas.
Os biólogos tiveram que soltar a cinta quando a baleia começou a se mexer demais e tentar nadar sozinha, mas ela ficou presa entre dois bancos de areia e não encontrou uma saída.
Na manhã de quarta-feira, voltou a encalhar na praia. Segundo Marcondes, a equipe tinha poucas alternativas.
"Ou esperávamos ela morrer, ou fazíamos a eutanásia, ou tentávamos outro desencalhe. Como ela estava em boas condições nutricionais, resolvemos tentar tirá-la de lá."
A segunda tentativa de desencalhe começou na tarde de quinta-feira, mas ao fim do dia, a baleia jubarte não resistiu e morreu.

Garrafa Pet vira Espuma. Substitui até 42% o derivado de petróleo que faz a espuma.





Pesquisar sobre o assunto está ficando cada dia mais interessante, se alguém me falasse que garrafa pet poderia ser transformada em espuma eu nunca acreditaria, mas o empresário Aires Mauro de Freitas, correu atrás da sua idéia e conseguiu provar que Espuma pode vir sim da Garrafa Pet é o que se pode comprovar nos vídeos.

A espuma além de economicamente viável ela não polui, pois é uma produção limpa, onde apenas é utilizado energia elétrica,elas são vendidas para empresas que fabricam colchões refrigeradores e móveis.

Essa é mais uma empresa que acredita e confirma que é possível ser sustentável e economicamente capaz, parabéns a esses empresários que apesar de tanta negativa, superam o preconceito e seguem com suas idéias para um futuro melhor.


Fonte: http://despertarparahoje.blogspot.com/

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Baleias que encalharam na Nova Zelândia são enterradas



Baleias que encalharam na Nova Zelândia são enterradas



Corpos de 49 baleias foram enterrados na praia.
Um grupo com 60 animais ficou preso na areia na última quinta-feira (19).

Do G1, com informações da Globo News
Os corpos de 49 baleias mortas na última semana na Nova Zelândia foram enterrados neste domingo (22). Uma vala foi aberta na areia e escavadeiras ajudaram a carregar as baleias mortas.
A península de Karikari, no norte da Nova Zelândia, amanheceu com 58 baleias-piloto mortas e outras 15 encalhadas na costa na sexta-feira (20). Equipes de voluntários socorreram os animais ainda vivos, garantindo água.
Cada animal pesava 1,5 tonelada. Segundo o Departamento de Conservação, órgão do governo para proteção do patrimônio natural e histórico do país, os exemplares não puderam ser salvos por terem ficado presos durante a noite.
Baleias-piloto mortas em praia de Karikari, no norte da Nova Zelândia. Cinquenta e oito animais morreram e outros 15 estão atolados no local.Baleias-piloto mortas em praia de Karikari, no norte da Nova Zelândia. Cinquenta e oito animais morreram e outros 15 estão atolados no local. (Foto: AFP PHOTO / HO / DEPARTMENT OF CONSERVATION)
O problema é constante a cada ano na Oceania, com a migração das baleias entre a região e as águas da Antártida. Cientistas ainda não sabem afirmar o motivo para o atolamento dos cetáceos.
Equipes de voluntários trabalham no local para salvar cetáceos.
Equipes de voluntários trabalham no local para
salvar cetáceos. (Foto: AFP PHOTO / HO /
DEPARTMENT OF CONSERVATION)
Cerca de 15 animais foram resgatados com vida em Karikari, eles foram dóceis e não precisaram ser sedados para o resgate, muitos, porém, apresentavam más condições de saúde, segundo o Projeto Jonah, voltado para o socorro a cetáceos na Nova Zelândia.
"O plano é remover as baleias e as lançar na Baía Matai, onde as condições do mar serão melhores e o local, mais protegido", afirmou então Mike Davies, diretor do Departamento de Conservação.
Os trabalhos dos voluntários é atrapalhado pelas condições climáticas severas de chuva e vento do inverno no local.
Desde 1840, mais de 5 mil atolamentos de baleias e golfinhos foram registradas na costa do país, segundo dados do órgão.
A mesma praia já havia testemunhado um grupo de 101 baleias-piloto presas no solo em 2007.

domingo, 22 de agosto de 2010

Amazônia perde 29 áreas protegidas entre 2008 e 2009


Por pressão de madeireiros, fazendeiros, mineradores ou do próprio governo, 29 áreas protegidas na Amazônia foram reduzidas ou extintas entre 2008 e 2009.
O total de florestas perdidas no processo foi de 49 mil km2, quase um Rio Grande do Norte. As reduções ocorreram sem consultas públicas ou estudos técnicos, como manda a lei.
Os dados são de um estudo inédito do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), a ser publicado amanhã na internet (www.imazon.org.br).
Os pesquisadores Elis Araújo e Paulo Barreto levantaram 37 iniciativas entre novembro de 2008 a novembro de 2009 para reduzir 48 unidades de conservação ou terras indígenas na Amazônia.
Até julho deste ano, 23 propostas haviam sido concluídas --93% delas resultaram em perda de área na unidade de conservação.
O Estado de Rondônia, o mais desmatado da Amazônia, é o campeão: reduziu duas unidades de conservação estaduais e extinguiu dez, além de ter negociado com o governo a redução da Floresta Nacional Bom Futuro, unidade federal.
"Como eles perderam um terço da cobertura florestal, o que sobrou são áreas protegidas", diz Araújo. "A indústria madeireira lá ainda é forte. As unidades de conservação sofrem muita pressão."




César Araújo/Folhapress
Caminhão deixa área de desmatamento em Rondônia; área desmatada equivale ao Rio Grande do Norte

O instrumento usado pelo governo do Estado para acabar com as áreas protegidas foi próprio zoneamento ecológico-econômico do Estado, lei que disciplina a ocupação das terras. As unidades de conservação nas zonas de intensificação da produção foram consideradas extintas.
A Folha procurou a secretaria do Meio Ambiente de Rondônia por toda a sexta-feira, mas não foi atendida.
Outro caso foi o do Parque Estadual do Xingu, em Mato Grosso. Ele foi reduzido com o apoio da população de Vitória do Xingu para dar lugar a um empreendimento agropecuário, que não veio.
"E a cidade ainda perdeu o repasse do Arpa [programa federal que dá dinheiro a regiões com unidades de conservação]", diz Araújo.

Fonte: CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA - Folha.com