terça-feira, 10 de julho de 2012

Ajude um Shepherd Brasileiro a defender os golfinhos de Taiji

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Cientistas querem classificar os golfinhos como “pessoas não-humanas” por sua grande inteligência


Os golfinhos são tão inteligentes que devemos encará-los como pessoas não-humanas, é o que reivindica um projeto de lei.
Uma coalizão de cientistas, filósofos e grupos dos direitos dos animais estão declarando, oficialmente, que os golfinhos não podem ser classificados como simples criaturas. Um dos tópicos do projeto é impedir que eles sejam mantidos em cativeiro em parques aquáticos e severas leis contra pescadores que os atacarem.
As chamadas “baleias” assassinas também seriam classificadas da mesma forma, já que elas são golfinhos e não baleias, como boa parte da população pensa.
Outro fator importante é que as baleias também entrariam nesta lista, o que oficialmente transformaria os pescadores baleeiros em assassinos, de acordo com a Associação Americana para o Avanço da Ciência, na conferência anual que ocorreu em Vancouver, Canadá. Grandes empresas como as petrolíferas teriam que ter mais rigor ao explorar uma região com grande fluxo de golfinhos e baleias, buscando respeitá-los.
O filósofo Thomas White comentou: “A evidência científica agora é forte o suficiente para apoiar a alegação de que os golfinhos são como os seres humanos, auto-conhecedores, seres inteligentes, com emoções e personalidades. Assim, os golfinhos devem ser considerados como pessoas não-humanas, sendo valorizados como indivíduos. Do ponto de vista ético, as lesões, mortes e cativeiro é algo errado”.
O projeto de lei afirma que todos os membros da ordem dos cetáceos – baleias, golfinhos e botos – tem o direito à vida. Ele também diz que ninguém tem o direito de possuir uma criatura dessas ou fazer coisas que agridam seus direitos, liberdade e normas.
Quando a comparação é tomada pelo cérebro, os golfinhos possuem o segundo maior cérebro do reino animal comparado com seu peso corporal, ficando atrás apenas dos seres humanos. A conferência provou que os golfinhos são autoconscientes, podendo se reconhecer ao olhar no espelho.
Algumas provas científicas sobre a inteligência dos golfinhos:
1 – Quando dada a oportunidade, os golfinhos assistem TV e seguem as instruções apresentadas na tela.
2 – Os golfinhos podem ser ensinados a entender as palavras humanas, frases e demandas.
3 – Como os seres humanos, os golfinhos são altruístas e há exemplos que mostram que eles ajudam banhistas que foram atacados por tubarões.
4 – Eles usam linguagem corporal. Pular, saltando fora da água e desembarcando ao lado de outro golfinho, significa “eu quero ir agora!”.
5 – Eles têm sotaques regionais. Um apito dado por um golfinho do País de Gales é completamente diferente de outro que vive na costa da Irlanda.
6 – Eles têm uma forma de diabetes quando adultos, mas eles são capazes de “ligar ou desligar” a doença. Aprender como esse processo funciona poderia ser a chave para a cura em nós humanos.
7 – Os machos atraem as fêmeas apresentando buquês de plantas daninhas, pedaços de madeira e detritos marinhos, como uma forma de cortejar.



Fonte: Dailymail 




Reservas naturais itinerantes podem salvar espécies de extinção




Cientistas norte-americanos divulgaram que as áreas de preservação dos oceanos, onde a caça e a pesca não são permitidas, precisam ser móveis para proteger as espéciesmarinhas. A ideia de que apenas áreas fixas de preservação no oceano podem ser criadas está ultrapassada e não reflete o comportamento dinâmico de algumas criaturas marinhas, segundo membros da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.
“Menos de 1% do oceano está protegido atualmente e esses parques marinhos tendem a ser determinados ao redor de objetos que ficam parados, como recifes de coral ou montanhas marinhas”, disse o professor Larry Crowder, diretor científico do Centro para Soluções Oceânicas da Universidade de Stanford.
“Mas, estudos com rastreamento mostraram que muitos organismos – peixes, mamíferos marinhos, tartarugas marinhas, aves marinhas e tubarões – respondem a traços oceanográficos que não têm um ponto fixo”, acrescentou. Crowder e outros cientistas ressaltaram que o desafio agora é tentar determinar um sistema de reservas marinhas que seja tão dinâmico quanto as criaturas que se tenta proteger.
Pesquisas mostraram como as espécies marinhas respondem a correntes e caminhos nas águas e como as criaturas seguem os nutrientes e as redes alimentares que são levadas por esses eventos pelo oceano. Esses eventos são móveis, mudam de posição e, para Crowder, as reservas marinhas do futuro precisam refletir essas características.
A implementação de áreas marinhas protegidas tem sido uma luta dos conservacionistas e muitos dos envolvidos poderão hesitar diante da ideia de reservas definidas por outros fatores que não sejam coordenados em mapas marinhos. Crowder garante que essa nova proposta é realista.
“Além de saber onde os animais estão indo e como eles respondem às características oceânicas, também sabemos muito mais onde os pescadores estão. Os pescadores têm um GPS muito preciso. Então não acho que está fora das possibilidades fazer com que os pescadores obedeçam à fronteira de uma reserva móvel”, disse.
A nova proposta foi apresentada pelos cientistas na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver, no Canadá. Segundo eles, o enorme volume de dados levantados com o rastreamento de criaturas marinhas levou à conclusão de que as reservas precisam ser itinerantes.
21/2/2012 14:25,  Por Redação, com ABr - de Brasília

Espécie de baleia-bicuda é filmada viva pela primeira vez


Animal é considerado recluso e raramente é visto na superfície. Ele tem um bico parecido com o do golfinho e cores preta e creme.



Uma rara baleia-bicuda-de-Sheperd foi filmada viva pela primeira vez em Portland, na Austrália. A espécie, bastante reclusa, tem as cores preta e creme e bico parecido com o do golfinho. Até 12 animais foram encontrados por pesquisadores da Divisão Australiana da Antártida no mês passado. (Foto: Reuters / Mike Double / Australian Antarctic Division / Handou)

Cientistas na maior conferência científica do mundo afirmam: golfinhos são PESSOAS!

Cientistas sugerem que estes seres são tão brilhantes que devem ser tratados como “pessoas não humanas“. Estudos sobre o comportamente dos golfinhos relevaram a similitude de suas comunicações à dos seres humanos, ultrapassando à dos chimpanzés.
Isto foi respaldado por pesquisas anatômicas que mostram que os cérebros dos golfinhos têm muitas características chaves associadas com uma alta inteligência.
Os pesquisadores sustentam que seus estudos demonstram que é moralmente inaceitável manter estes animais inteligentes em parques de atrações, matá-los para comer, ou que estes tenham que morrer por acidentes de pesca. Cerca de 300 mil baleias, golfinhos e botos morrem desta maneira a cada ano.


- “Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores que o nosso e o segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados com o tamanho do corpo”, disse Lori Marinho, uma zoóloga da Universidade de Emory em Atlanta, Georgia, que utilizou imagens por ressonância magnética para traçar o cérebro das espécies de golfinhos e compará-los com o dos primatas. “A neuroanatomia sugere uma continuidade psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o qual tem profundos envolvimentos na ética das interações dos humanos com os golfinhos”, acrescentou.
Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro.
Também ficou claro que são animais “culturais”, o que significa que novos tipos de comportamentos podem ser rapidamente aprendidos por um golfinho de outro. Em um estudo, Diana Reiss, professora de psicologia no Hunter College, de Nova York, demonstrou que os golfinhos comuns podem se reconhecer em um espelho e inclusive utilizá-lo para inspecionar as diversas partes de seu corpo, uma habilidade que se cria limitada aos seres humanos e aos grandes símios. Em outro estudo, descobriram que os animais em cativeiro também têm a capacidade de aprender uma linguagem rudimentar baseada em símbolos.
Imagem: Internet
Outras pesquisas mostraram que os golfinhos que vivem em cativeiro podem resolver problemas difíceis, enquanto os golfinhos que vivem em estado silvestre cooperam em formas que implicam estruturas sociais complexas e um alto nível de sofisticação emocional. Em um caso recente, ensinaram a um golfinho resgatado de seu habitat a “caminhar sobre o rabo” enquanto recuperava-se de uma lesão durante três semanas em um parque aquático na Austrália. Após ser liberado, os cientistas surpreenderam-se ao ver outros golfinhos silvestres fazendo o mesmo. Obviamente aprenderam com aquele que foi treinado enquanto estava em cativeiro.
Imagem: Michigan State University
Há muitos exemplos similares, como os golfinhos que vivem na Austrália ocidental, os quais aprenderam a cobrir seus focinhos com esponjas para se protegerem na busca de peixes espinhosos que vivem no fundo do oceano. Estas observações, junto com outras que mostram, por exemplo, como os golfinhos cooperam com precisão militar em estratégias para encurralar bancos de peixes que lhes servirão de alimento, estão propondo diversas interrogações a respeito das estruturas do cérebro dos golfinhos.
Imagem: Michigan State University
O tamanho é só um fator. Os pesquisadores descobriram que o tamanho do cérebro varia enormemente -de umas 200 gramas para espécies de cetáceos pequenos, como o golfinho do rio Ganges, a mais de 8 kg para os cachalotes, cujos cérebros são os maiores do planeta. O cérebro humano, ao contrário, varia entre 1 a 1,8 kg, enquanto o cérebro de um chimpanzé pesa ao redor de 350 gramas. Quando se trata de inteligência, no entanto, o tamanho do cérebro é menos importante que seu tamanho em relação ao corpo.
Imagem: Internet
O que Marinho e seus colegas descobriram foi que o córtex cerebral e o neocórtex dos golfinhos são tão grandes que “as relações anatômicas responsáveis pela capacidade cognitiva colocam-nos no mínimo em segundo lugar após o cérebro humano”. Também descobriram que o córtex cerebral dos golfinhos nariz de garrafa, tem as mesmos dobras arrevesadas que estão fortemente vinculadas com a inteligência humana. As dobras aumentam o volume do córtex e a capacidade das células do cérebro para interconectar entre si. “Apesar da evolução ao longo de uma trajetória neuroanatômica diferente dos seres humanos, os cérebros dos cetáceos têm várias características que se correlacionam com a inteligência complexa”, disse Marinho.
Imagem: Internet
Marinho e Reiss, exporão suas conclusões em uma conferência em San Diego, Califórnia, no próximo mês, concluindo que as novas provas sobre a inteligência dos golfinhos torna repugnante os maltratos a este animal. Thomas White, professor de ética da Loyola Marymount University, na Califórnia, quem escreveu uma série de estudos acadêmicos que sugerem que os golfinhos têm direitos, falará na mesma conferência. “A pesquisa científica sugere que os golfinhos são pessoas não humanas que são qualificadas para o status moral de indivíduos”, disse White.
Fonte: Times Online


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Tanque de peixe-boi no Inpa (AM) reabilita, preserva e reintroduz espécie



Tanque de peixe-boi no Inpa (AM) reabilita, preserva e reintroduz espécie

Local conta com cerca de 50 peixes-bois, entre machos, fêmeas e filhotes.
Dez animais são entregues à associação todos os anos.

O tratador Carlos alimenta um filhote de peixe-boi(Foto: Tiago Melo/G1 AM)

O tanque de peixe-boi do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) abriga, atualmente, cerca de 50 exemplares da espécie. O local é ponto de visitação de turistas, em Manaus, e também espaço onde eles passam por reabilitação. Três adultos estão em processo de reintrodução ao meio ambiente. "Recebemos todos os anos, cerca de dez filhotes órfãos de peixes-bois, de instituições como o Ibama, o Batalhão Ambiental da Polícia Militar e da Secretaria de Meio Ambiente", afirmou o diretor da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa), Jone Cesar Fernandes Silva. "É assim que tudo começa", completou Jone. A Ampa, organização não governamental, fundada no ano de 2000, com o objetivo de captar recursos para promover ações de proteção e conservação do peixe-boi da Amazônia, também abriga lontras neotropicais, ariranhas, botos vermelhos e tucuxis. De acordo com o diretor da Ampa, os filhotes órfãos geralmente têm suas mães mortas por caçadores. "Antes da lei de 1967, a carne, o óleo e o couro do peixe-boi eram comercializados legalmente. Hoje em dia os caçadores o pegam somente para comer. Há dois tipos de caçadores, o de subsistência e os que comercializam a carne do animal, que é tida pelo provo como uma iguaria", disse Fernandes. Os filhotes chegam à Ampa debilitados pela falta de alimentação correta, no caso, o leite materno. "Fazemos exames, incluímos complexos vitamínicos e isolamos dos demais, aqueles filhotes que chegam enfraquecidos. Após esta primeira etapa de reabilitação, eles são encaminhados a pequenos tanques aquáticos que dividirão com outro filhote de peixe-boi, pelos próximos três anos", informou o diretor. Jone Fernandes explica que cada peixe-boi filhote consome, em média, cerca de 4 litros de leite por dia. "O leite que damos aos bebês é reproduzido artificialmente nos laboratórios da Ampa e foi criado a partir do leite materno da nossa 'mãezona', a Boo. Ela é a mais velha do parque, com 38 anos, e foi a primeira filhote a chegar aqui, ainda no ano de 1974".


Quando na fase juvenil e adulta, os mamíferos aquáticos se alimentam essencialmente de frutas e verduras. De acordo com Fernandes, são digeridos cerca de 600kg de frutas, verduras, legumes e capim, todos os dias pelos 50 peixes-bois que habitam as instalações da Ampa, no Inpa.

Para tratar os animais, a Associação conta com a ajuda de seis tratadores e um veterinário, dedicados exclusivamente ao trato dos dóceis peixes-bois. Dispostos em três tanques, com 350 mil litros cada um, os animais são divididos por machos, fêmeas e os filhotes. "Apesar da calma e doçura da espécie, eles podem se mostrar agitados e nervosos na época de reprodução. Devido à 'super população' que já temos da espécie aqui no Bosque, tivemos de separar os machos das fêmeas", explicou Fernandes.

Reabilitação
O diretor explicou que os animais resgatados passam por um processo de reabilitação, onde serão preparados para voltar à natureza. A primeira tentativa da associação foi em 2008, quando foram devolvidos dois machos adultos ao habitat natural. "Usamos o sistema de radiotelemetria, que consiste em plugar um transmissor na cauda do animal e acompanhar seu trajeto via radar. Infelizmente, não fomos felizes em nossa primeira tentativa. Um deles morreu encalhado devido à seca dos rios e o radar do outro se soltou e nós perdemos seu sinal", afirmou o diretor da Ampa.

Para que o mesmo erro não aconteça, novas medidas foram tomadas para garantir a reintrodução segura do animal ao meio natural. "Temos um lago semi natural de 13 hectares para onde os peixes-bois são levados depois do período de reabilitação no Bosque. Desde novembro de 2011 que temos três adultos, dois machos e uma fêmea, em fase de adaptação no lago. Eles passarão de seis meses a um ano, dependendo de seu desenvolvimento, e no futuro tentaremos uma nova reintrodução na natureza", finalizou Fernandes.


Tartarugas são 'flagradas' durante processo de reprodução no Sri Lanka



Tartarugas são 'flagradas' durante processo de reprodução no Sri Lanka

Registro de fotógrafa foi feito durante expedição que buscava baleias. Tartarugas-oliva estão em perigo, segundo a IUCN.



Durante expedição feita na região marítima do Sri Lanka no último fim de semana, pesquisadores registraram o acasalamento de duas tartarugas-oliva (Lepidochelys olivacea). Considerada uma das menores espécies marítimas – chega a medir 60 centímetros – o animal ganhou este nome devido à cor oliva. De acordo com a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), a tartaruga já está em perigo devido à caça e pode ser encontrada em várias regiões do planeta. (Foto: Ishara Kodikara/AFP)

sábado, 21 de janeiro de 2012

Sejamos a mudança que desejamos ver no mundo!

Uma imagem... Milhares de palavras.. 
E um silêncio com uma enorme interrogação.
Sejamos a mudança que desejamos ver no mundo!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Moratória da pesca de Tubarões

O Instituto Sea Shepherd Brasil é a favor da moratória da pesca de todas as espécies de tubarões ocorrentes na costa brasileira por no mínimo 20 anos.







O mar não está para peixe. A crise mundial da Pesca: práticas predatórias e desrespeito ao manejo vêm reduzindo as populações de espécies nobres de peixe.

Preso pela rede, um tubarão-raposa no golfo da Califórnia, no México, é um dos estimados 40 milhões de tubarões mortos todo ano para a extração das barbatanas, e parte da terrível captura global de peixes: quase 100 milhões de toneladas

Os oceanos estão em apuros. Do extremo norte do mar da Groenlândia aos vagalhões gelados do círculo antártico, estamos limpando os peixes de nossos mares. De 1900 até hoje, pode ter havido um declínio de quase 90% em muitas espécies, e o problema só se agrava. Super-redes de arrasto varrem os recifes. Países violam as leis. Cotas de pesca não são respeitadas.
A crise anuncia-se na mesa vazia de uma família no Senegal, na queda do número de alunos em uma escola elementar de um povoado costeiro, no cardápio dos restaurantes e na esteira de pescado inaproveitado e lançado à deriva. Nas três histórias a seguir, comparamos os prejuízos líquidos com os magros lucros. Primeiro, a magnitude do problema, refletida no massacre do majestoso atum-azul. Depois, para compensar, o caso de uma reserva marinha na Nova Zelândia obstinadamente mantida por um biólogo que prega a necessidade de nova ética para o oceano: que ele seja visto não como um recurso natural a ser explorado, mas como uma comunidade pertencente a todos nós. Finalmente, a situação da pesca na extensa costa brasileira, em comunidades onde o declínio de espécies marinhas, como a lagosta, priva o povo de seu sustento e arrasa um modo de vida transmitido de geração a geração.
Não há nos mares deste planeta nenhum peixe mais magnífico que o atum-azul. Ele pode atingir 3,65 metros de comprimento, pesar até 680 quilos e viver por 30 anos. Apesar de todo esse tamanho, ele é um primor da hidrodinâmica, capaz de nadar a 40 quilômetros por hora e mergulhar a quase 1 quilômetro de profundidade.
Ele destoa da maioria dos outros peixes no sistema circulatório de sangue quente, que lhe permite viajar do Ártico aos trópicos. No passado, milhões de atuns-azuis migravam por toda a bacia do Atlântico e mar Mediterrâneo, e sua carne era importantíssima para os povos do mundo antigo, que pintavam sua imagem em cavernas e a cunhavam em moedas.
O atum-azul, também chamado de albacoraazul, tem outra qualidade extraordinária, e essa pode selar seu destino: a carne amanteigada de sua barriga, com generosas camadas de gordura, é considerada o mais fino sushi do mundo. Na década passada, uma frota pesqueira high-tech, guiada por aviões localizadores, perseguiu atunsazuis de uma ponta a outra do Mediterrâneo e capturou,muitas vezes ilegalmente, dezenas de milhares por ano.Os atuns-azuis são engordados em alto-mar em gaiolas, depois abatidos a tiros e cortados para os mercados de sushi e filé de atum do Japão, das Américas e da Europa. Tantos atuns-azuis são extraídos do Mediterrâneo que sua população corre o risco de extinção. Enquanto isso, as autoridades européias e norte-africanas pouco fazem para impedir a matança.
“Meu grande medo é que possa ser tarde demais”, diz o espanhol Sergi Tudela, biólogo marinho do WWF-Fundo Mundial para a Natureza à frente na luta para conter a pesca do atumazul.“ Tenho uma imagem muito vívida na mente: a migração de incontáveis bisões-americanos pelo oeste dos Estados Unidos no começo do século19. Era assim também com os atuns-azuis no Mediterrâneo: uma colossal migração de animais. E agora estamos vendo com o atum-azul o mesmo fenômeno ocorrido com o bisão-americano.”
O extermínio do atum-azul reflete todos os problemas hoje encontrados na pesca: a capacidade de abate multiplicada pela tecnologia, a suspeita rede de empresas internacionais que têm lucros estratosféricos, a negligência no manejo da pesca e na aplicação das leis e a indiferença dos consumidores à sorte do peixe que compram.
Os oceanos do mundo são uma sombra do que já foram. Com poucas e notáveis exceções, como a pesca bem administrada do Alasca, da Islândia e da Nova Zelândia, o número de peixes nos mares é uma fração do que era há um século.Os biólogos marinhos divergem quanto ao grau desse declínio.Alguns afirmam que os estoques de muitos peixes marinhos grandes diminuíram de 80% a 90%; outros apontam uma queda menor.Mas todos concordam que, em quase toda parte, há barcos demais atrás de peixes de menos.


por Fen Montaigne
Fonte: NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL



Você já viu um tubarão dentro de um ovo? Assista o vídeo!