terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pesquisa com DNA de botos


Pesquisa com DNA de botos investiga risco de novas usinas a espécies

Suspeita é de que barragens de Santo Antônio e Jirau aprisionem espécies.
Novo cenário pode levar a queda de população, segundo pesquisadora.


Pesquisadores acreditam que espécies vivem separadas de modo natural no Rio Madeira. (Foto: Divulgação/ Inpa)

Os pesquisadores acreditam que as duas espécies são separadas geograficamente de modo natural por um conjunto de 16 cachoeiras no Madeira. Mas, em expedições desde 2004, encontraram animais entre as quedas também.

A principal barreira natural no rio, segundo Waleska, será transformada em lago com a finalização das usinas. "Os bichos devem ficar presos, sem descer nem subir o rio, e isso pode resultar em queda de população se as espécies não puderem se reproduzir", diz ela.

A análise do DNA dos botos é necessária porque, segundo a pesquisadora, morfologicamente as espécies são idênticas. "Só conseguimos diferenciar pela medida do crânio e pela genética", diz ela, responsável pela expedição que capturou 16 botos no Rio Madeira para a retirada de amostras. Os primeiros resultados devem sair em dezembro, segundo Waleska.


Para coleta de amostras, pesquisa capturou 16 animais no rio. (Foto: Divulgação/ Inpa)