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2. Que tipos de materiais podem ser reciclados? Os principais materiais recicláveis são o metal, o vidro, o plástico e o papel. Dentre eles, porém, há exceções. Lâmpadas fluorescentes, por exemplo, não costumam ser recicladas e devem, portanto, ser depositadas no lixo comum, assim como os espelhos. Constam ainda dessa lista cerâmicas, objetos de acrílico, papéis plastificados (como o das embalagens de biscoito), papel-carbono, papel higiênico, fotografias, fitas e etiquetas adesivas, bitucas de cigarro, fraldas, absorventes e guardanapos. As baterias de telefones sem fio, de filmadoras e de celulares podem ser reaproveitadas, assim como as pilhas comuns. |
3. O que impede a reciclagem de um material? Se o processo de reciclagem for muito caro, ninguém irá fazê-lo, muito menos a iniciativa privada, que hoje é responsável por grande parte do processamento de substâncias para serem reutilizadas. Ou seja, até existem técnicas de reciclagem para alguns materiais que não são reaproveitados, mas os procedimentos consomem muita energia ou exigem equipamentos caros. O desafio é desenvolver processos que tragam retorno financeiro, ou que pelo menos compensem o investimento. No Brasil, a reciclagem de pilhas ainda não é feita em escala industrial justamente pelo alto custo do processo. O desmonte das peças, sempre compostas por muitos elementos, alguns deles tóxicos, é muito trabalhoso. Outro problema a ser superado é o lixo poluído. É preciso garantir que os resíduos cheguem à fabrica de reciclagem em bom estado. Isso significa que o lixo seco não pode entrar em contato com os restos orgânicos. Um copo de café jogado numa lata de lixo pode comprometer a reciclagem de todo o papel ali contido. Vale lembrar que é inútil separar o lixo seco por tipo de material - as empresas e cooperativas sempre fazem uma nova triagem. Amassar latas e garrafas PET ou desmontar as embalagens longa-vida também são medidas que não encurtam em nada o processo de reciclagem. |
9. Por que em alguns municípios há programas de reciclagem e em outros não? Todo o resíduo de uma cidade é de responsabilidade das prefeituras. Dessa maneira, se não existirem iniciativas municipais, dificilmente a reciclagem será massificada. Outra situação a ser vencida é a falta de mecanismos de coleta seletiva. Essa etapa inicial e fundamental da reciclagem é realizada pelos órgãos públicos em cerca de 6% dos municípios brasileiros. A situação levou à formação de cooperativas de catadores de lixo e de empresas privadas especializadas, que enxergaram na coleta seletiva e na reciclagem uma forma de ganhar dinheiro. Na capital paulista, por exemplo, um estudo identificou, em 2002, cerca de setenta associações que coletam, fazem a triagem e comercializam material reciclável. |
10. Quais são os países que mais reciclam no mundo? Entre os países que mais reciclam estão os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a Holanda. Os EUA, por exmplo, conseguem reaproveitar pouco mais da metade do que vai parar nas lixeiras. Na Europa Ocidental, virou rotina nos supermercados cobrar uma taxa para fornecer sacolas plásticas. Os clientes levam as suas de casa. Também na Europa, o bom e velho casco (de vidro ou de plástico) vale desconto na compra de refrigerantes e água mineral. Para a redução do lixo industrial, a União Européia está financiando projetos em que uma indústria transforma em insumo o lixo de outras fábricas. Até a fuligem das chaminés de algumas é aproveitada para a produção de tijolos e estruturas metálicas. |