Um tubarão-serra com seu característico focinho em forma de serrote. |
Os tubarões desenvolveram uma grande variedade de mecanismos de alimentação como forma de se adaptar a suas dietas variadas. A estrutura um pouco solta das suas mandíbulas permite que eles projetem o maxilar superior para fora. Esta flexibilidade das mandíbulas, junto com uma impressionante seleção de diferentes tipos de dentes, permite uma combinação de técnicas de alimentação, que vão desde despedaçar e cortar a carne, evidenciado pelas espécies mostradas nos filmes, a aspirar a comida dos solos marinhos, que é depois esmigalhada e triturada.
As espécies que se alimentam de plâncton, como o tubarão-frade e o tubarão-baleia, tiveram de evoluir para se adaptar aos seus hábitos alimentícios, alterando por completo o tamanho e o formato das suas mandíbulas, reduzindo significativamente o tamanho dos seus dentes e modificando a estrutura das suas fendas branquiais, para tornarem-se enormes receptáculos para plâncton. Um grupo de tubarões, os tubarões-raposa, até usam a parte superior alongada da sua cauda para atingir cardumes de peixes, atordoando-os antes de comê-los.
Mas talvez a mais impressionante adaptação de hábito alimentar seja a demonstrada pelos tubarões-serra, que desenvolveram um focinho distintamente achatado, em forma de espada e armado de dentes afiados, que o animal usa para atordoar peixes pequenos e outras criaturas.