sábado, 16 de julho de 2011

Cortando as barbatanas

Cortando as barbatanas

“Finning” é uma prática de pesca cruel e destrutiva, na qual o tubarão é capturado e suas barbatanas cortadas. O resto do animal é jogado de volta ao mar, onde acaba morrendo.
A cada ano, o número de tubarões mortos por esta prática chega a 100 milhões,  causando danos terríveis nas suas populações. As barbatanas de tubarão são consideradas uma iguaria em algumas partes do mundo, principalmente no leste asiático, onde uma sopa de barbatana de tubarão pode chegar a valer 100 dólares, tornando este tipo de pesca um grande negócio para os pescadores. Com o aumento populacional na Ásia, esta prática vem se tornando cada vez mais comum.
Nos últimos anos, alguns países, como os Estados Unidos, já proibiram o “finning” de tubarões. Mas esta proibição é muito difícil de ser implementada em outros locais, principalmente porque os tubarões migram regularmente entre as fronteiras internacionais. O “finning” é, no entanto, ainda praticado em muitas partes do mundo, entre pontos extremos, como a América do Sul e a Austrália, contribuindo para o declínio das espécies. O tubarão-azul, por exemplo, está em grave perigo de extinção – algumas autoridades estimam que 90% das barbatanas retiradas são desta espécie.

Centenas de nadadeiras de tubarão a secar numa produção de nadadeiras. Esta prática causa imensos prejuízos a população de tubarões, principalmente no leste asiático.

Captura acidental
Milhões de tubarões morrem anualmente por captura acidental em redes de arrastro e de pesca.

A “sobrepesca” e o “finning” são duas das maiores ameaças para a população global de tubarões, mas a captura acidental constitui também um enorme problema. Milhões de tubarões morrem todos os anos ao se enrolarem nas redes armadas para a captura de outros peixes, principalmente aquelas destinadas a apanhar atum e peixe-espada.
O emalhamento em rede de pesca é outro grande problema. Muitos tubarões morrem todos os anos depois de ficar enrolados e presos nas redes de pesca destinadas a apanhar outras espécies. Somente no mar Mediterrâneo, cerca de 100 mil tubarões morrem anualmente através da captura acidental.
Algumas espécies, como o tubarão-frade, são suficientemente resistentes e sobrevivem quando apanhadas por acidente em redes, mesmo se forem obrigadas a passar várias horas fora d’água. Mas a maioria dos tubarões apanhados desta forma não tem a mesma sorte. Estudos realizados demonstram que mais de 75% dos tubarões capturados acidentalmente terminam morrendo antes de serem libertados com vida. Enquanto a captura acidental de outras espécies, como o golfinho, tem diminuído bastante depois da intensa divulgação de campanhas de proteção, a injusta má reputação dos tubarões atrasa os esforços para protegê-los desta prática tão inútil e destrutiva.



Fonte: Discovery Brasil